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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

EX-BANCÁRIA TEVE QUE VIRAR SACOLEIRA

Janira Maria Leite, hoje com 54 anos, reunia, todos os dias, os documentos de água, luz, telefone, duplicatas e promissórias que chegavam ao Bandern. Contava os documentos e, ao final do dia, suas contas tinham que bater com o valor do caixa. Trabalhava como assistente bancário no setor de arrecadação desde que entrou no banco, em 1985. Assim como José Eduardo da Silva, ela ficou no Bandern até 1996, ano em que os 350 funcionários que ainda restavam no pós-liquidação foram demitidos. Ela lembra como recebeu a notícia da extinção do Bandern, ainda em 1990. ‘‘Eu estava em casa quando uma amiga me ligou para dizer que o banco havia sido liquidado. A partir daquele dia eu já sabia que ia ficar desempregada’’, conta. Janira era mais uma entre tantos que tinham esperança que o Bandern reabrisse. Conforme ela lembra, dos três bancos que foram fechados na mesma época - o do RN, do Piauí e da Paraíba -, apenas o Bandern operava ‘‘no azul’’, enquanto os outros estavam ‘‘no vermelho’’. ‘‘A gente achava que as chances de reabrir eram muito grandes, mas faltou vontade política porque vários governos entraram, outros saíram, mas ninguém nunca reabriu o Bandern’’, reclama ainda. Na época da liquidação, ela era uma das diretoras do Sindicato dos Bancários e, assim como os outros funcionários, passou três meses sem receber o salário. A única alternativa encontrada pelos sindicalistas foi ir às ruas arrecadar fundos: de alimentos a dinheiro, os manifestantes conseguiram de tudo para suprir suas necessidades. ‘‘Passamos cerca de dois meses pedindo alimentos nas portas dos supermercados’’, conta. De acordo com Janira, repasse dos salários só foi normalizado quando o governo do estado passou a se responsabilizar pela folha. Os funcionários ainda passaram muito tempo em manifestações, assembléias e reuniões, na tentativa de reabrir a instituição financeira. A funcionária foi uma das selecionadas para continuar no banco mesmo depois de extinto e, na época, a promessa era de manter um quadro enxuto de funcionários porque o banco reabriria em breve com cinco agências de fomento. Mas em 1996, Janira recebeu a notícia da demissão. O que ela fez para viver? Virou sacoleira e hoje sobrevive disso. A renda nem se compara ao que ela ganhava no Bandern, mas o que arrecada com as vendas de confecções é suficiente para pagar aluguel, plano de saúde e alimentação. ‘‘Minha vida é meio apertada, mas essa foi minha única alternativa’’, diz. 
FONTE: SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE MARINGÁ E REGIÃO

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